Há muitos mitos em torno do Viagra “azulzinho” que lhe apresentou a virilidade para os homens, e a felicidade para as mulheres, se tecem muitos mitos. Os especialistas encontram-se com suas dúvidas para que a consumam consciente de seus verdadeiros efeitos.
O Viagra ou a pílula azul, cujo componente ativo é o Sildenafil ou Citrato de Sildenafila, chegou ao mercado em 1998 e tem resolvido a vida a quase a metade da população masculina entre 40 e 60 anos de idade, que sofre em maior ou menor grau, problemas para conseguir uma ereção quando você goste.
Laboratórios Pfizer, foi pioneiro em sua comercialização, e por isso a marca se popularizou o nome do medicamento, como o Viagra, mas as pílula azul é o nome que é usado para agrupar todas as comprimido que cumprem o mesmo objetivo.
Um trabalho publicado pelo Clarín da Argentina, em sua seção de saúde, esclarece algumas dúvidas que tecem em torno do uso desta droga como “estimulante sexual“.
Para isso, foram consultados alguns especialistas que explicam os efeitos e os mitos do Sildenafil, e através das categorias de mentiras e verdades, deixando a descoberto o que há por trás da pílula azul mágica.
O médico psiquiatra e diretor do Centro Médico e Sexológico de Buenos Aires resumiu a ação do Sildenafil, o componente químico que é aplicado contra a disfunção erétil assim:
“Exerce uma ação direta sobre o óxido nítrico, uma substância que livram os neurônios por efeito da excitação, e que permite a vasodilatação das artérias do pênis e a subsequente ereção”.
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1 – Viagra é um afrodisíaco?
MENTIRA. A droga não é um afrodisíaco, não interfere no desejo ou na sua falta, pois o seu efeito não é sobre o cérebro ou sobre o coração.
Sem estímulos adequados, o efeito é nulo: “Alguém pode tirar 100 ou 150 mg e não vai ter uma ereção se não há excitação de por meio. A droga apenas facilita a ereção”, explica o sexólogo clínico.
Por outro lado, em casos mais simples, pode-se fazer o uso de gel para ereção natural, que produz resultados satisfatórios em tratamentos a longo prazo.
2 – Viagra Pode causar efeitos adversos temporários?
VERDADE. Dependem da sensibilidade de cada pessoa e de vasodilatação que produz. Se bem que a grande maioria dos pacientes não registra distúrbios, em uma minoria se apresentaram sintomas como: visão turva e leve ardência nos olhos (relacionado com o aumento da pressão ocular), dor de cabeça, congestão nasal, leves tonturas e rubor facial (este, o mais frequente, aparece em 10 ou 15 % dos pacientes e, acima de tudo, a primeira ou a segunda vez que o fazem). Estes sintomas duram apenas minutos, e não contraindicam o uso.
3 – Viagra é contraindicado para hipertensos?
MENTIRA. “Os pacientes com pressão alta não devem abster-se de tomá-lo, porque o Citrato de Sildenafila é uma droga criada para tratar, precisamente, a hipertensão. O seu efeito diminui a pressão arterial”, afirma Pereyra.
A única contraindicação é quando estão a tomar medicamentos que contêm nitritos, como os indicados para tratar frequente de peito e insuficiência cardíaca. Os acidentes registrados correspondem a homens que tomaram sem consulta médica, e que estavam ingerindo nitritos. O que pode acontecer é que a pressão abaixe demais e, em caso de uma parada cardíaca.
4 – Deve ser consumido imediatamente antes de ter relações sexuais?
MENTIRA. Você tem que consumir, no mínimo, uma hora antes de ter relações sexuais, de preferência com o estômago vazio e acompanhado de um copo de água (porque é um fármaco hidrossolúvel). Mas também existe a opção mastigável, cujo efeito se sente cerca de 30 minutos.
5 – Há opções seguras para os diabéticos?
VERDADE. Antes que o Viagra seja recomendável o Vardenafil, uma droga com propriedades similares mais compatível com o diabetes e com melhor efeito.
Por outro lado, o Tadalafil (também conhecido como Cialis) é uma alternativa para os diabéticos, mas de ação mais prolongada. A vantagem desta droga é que não exige jejum, nem tomar água. Qual é a desvantagem? O preço: é muito mais cara.
6.- Pode causar a morte se usa com frequência?
MENTIRA. O Sildenafil pode ser consumido diariamente, sempre que se deixem passar 24 horas entre as tomadas, garantem os especialistas. Não é uma droga viciante, embora alguns o consumo para estar seguros e mais confiantes no seu desempenho sexual.
7 – Resolve o problema de ejaculação precoce?
MENTIRA. É falso que o Viagra age como remédio para esse problema. Pode acontecer, em alguns casos, que a sua ação aumentada pouco a ejaculação, mas não é o tratamento que se usa. Para a ejaculação precoce se provém de outra maneira, com outros medicamentos e exercícios específicos.
8 – O Viagra serve para aumentar o desejo das mulheres?
MENTIRA. “Este mito se relaciona com uma antiga crença que partia do pressuposto de que o clitóris era a duplicação em pequeno de pênis. Por isso, era provável que o Sildenafil para mulheres agisse com anorgasmia aumentando a turgescência e a sensibilidade do clitóris”, o que não se verificou nunca.
No entanto, um estudo de 2008 (Universidade do Novo México, Albuquerque, EUA) comprovou que o Viagra para mulheres tem alguns efeitos benéficos em mulheres em tratamento com fármacos que, por consequência, experimentam uma baixa no desejo sexual. Mas seu uso não foi aprovado com esta finalidade.
9 – Existem alguns afrodisíacos naturais que podem facilitar a ereção?
VERDADE. Além do Sildenafil, existem diferentes alternativas promovidas como “naturais”, isto é, aquelas que não têm compostos químicos e que também se aplicam para o tratamento da disfunção erétil.
Entre seus componentes normalmente são a L-arginina (aminoácido que estimula a produção de óxido nítrico, que melhora o fluxo sanguíneo e produz vasodilatação), o Gingko Biloba (que também colabora com uma melhor irrigação de sangue) e as vitaminas E e D, entre outras substâncias naturais.
10 – Uma overdose de Viagra pode causar um infarto?
“Sendo a dose comum de 50 mg, uma overdose de três doses (150 mg), o único que poderia causar um aumento de pressão, já que é um medicamento que atua sobre a pressão alta”.
No entanto, o especialista recomenda-se consultar com o médico que receita, pois conhece o paciente e pode prevenir seus efeitos em relação com outros medicamentos que possa estar a tomar, como os nitritos.